1894 – Miguel Kolody chega ao Brasil com a família, evitando uma epidemia de cólera que afetou diversas regiões da Europa.
1911 – Victoria Szandrowsky chega a Cruz Machado com a família. Sua família sabia da iminência da 1ª Guerra Mundial – e a região da Galícia Oriental, onde viviam, seria um dos fronts.
1912 – Nasce Helena Kolody, filha primogênita de Miguel e Victoria, em Cruz Machado, Paraná, no dia 12 de outubro. O registro civil só ocorre em 1916, em Irati-PR.
1913 – A família Kolody muda-se para Três Barras. Até a Guerra do Contestado (1912-1916), a cidade era município paranaense e abrigava uma das sedes da Southern Brazil Lumber e Colonization Company, empresa extrativista de madeira, maior serraria da América Latina. Miguel Kolody abre, com o irmão, uma casa comercial na cidade.
1918 – Helena Kolody contrai gripe espanhola.
1920 – Helena muda-se para Rio Negro, onde estuda no Grupo Escolar Barão de Antonina. Recebe ensinamentos de Português e Ucraniano de sua tia, Rosa Procopiak.
1922 – Helena conclui o curso primário. Miguel Kolody passa a trabalhar no Engenho de Erva-Mate Sant’Ana.
1923 – Helena muda-se para Curitiba afim de continuar seus estudos, no Colégio Divina Providencia e na Escola Intermediária (atual Instituto de Educação do Paraná), onde mora com sua madrinha.
1924 – Sua madrinha falece e Helena retorna para Rio Negro / Mafra. Como não havia escola além da primária na cidade, Helena realiza cursos de guarda-livros, cerâmica e costura. Frequenta aulas de piano, pintura e escreve seus primeiros versos.
1927 – A família Kolody se transfere para Curitiba, onde Miguel abre uma ‘casa de secos e molhados’ – espécie de armazém/empório – na esquina da Rua Itupava com 7 de abril. Helena retoma os estudos e completa o curso ginasial em tempo reduzido, opção disponível à época.
1928 – Helena realiza sua primeira publicação, o poema, A Lágrima, na revista estudantil O Garoto. Cura a Escola Normal Secundária (atual Instituto de Educação do Paraná).
Placa comemorativa contendo o poema Lágrima, feita pelo Colégio Estadual Helena Kolody de Terra Boa, em 1997.
Foto: Oruê Brasileiro
1930 – A partir deste ano, seus poemas começam a ser publicados, especialmente na revista Marinha, editada em Paranaguá.
1931 – Forma-se na Escola Normal Secundária de Curitiba (atual Instituto de Educação), com comemorações no antigo Teatro Guaíra e no Clube Curitibano.
Diploma de professora, 1931.
1932 – É nomeada professora no Grupo Escolar Barão de Antonina, em Rio Negro, onde mora com a professora América Saboia.
1933 – Helena é transferida para a Escola Normal de Ponta Grossa.
Foto da turma da qual foi professora e paraninfa, 1934.
1937 – É transferida para a Escola Normal de Curitiba, onde leciona até 1959.
1940 – O poema Prece ganha versão musicada interpretada por Babi de Oliveira, no Rio de Janeiro.
1941 – Helena escreve Paisagem Interior, edição preparada em segredo para presentear o pai em seu aniversário de 60 anos. Miguel Kolody falece dois meses antes. O livro quase é engavetado, mas acaba ganhando vida pela gráfica do Liceu Industrial do Paraná (atual Instituto Federal do Paraná) em uma tiragem de 450 exemplares auxiliada por seu amigo, Rodrigo Júnior. Tímida, Helena esconde-se após o lançamento.
1942 – Paisagem Interior é contemplado com a segunda colocação no Concurso de Poesia da Sociedade de Homens de Letras do Brasil, sediada no Rio de Janeiro.
1943 – Helena se hospeda na cidade de Castro-PR para fazer tratamento dom água sulfurosa. Na ocasião, realiza entrevistas com Maria das Dores Barbosa, conhecida como Nhá Mariquinha. Realizaria mais entrevistas no ano seguinte e as memórias renderiam o livro Memórias de Nhã Mariquinha, décadas depois.
1944 – Durante este ano, presta serviços na Escola de Professores de Jacarezinho, para depois retornar a Curitiba.
1945 – Em 9 de abril, sua irmã Olga se casa com o famoso astrônomo e pesquisador chileno Carlos Munõz Ferrada. Helena assume noivado com Herbert Munhoz van Erven no mesmo dia, e o noivado dura apenas dois meses. Helena publica Música Submersa.
1947 – Helena Kolody é aprovada em quarto lugar no concurso para Inspetora Federal de Ensino Secundário.
1949 – A Sombra no Rio é contemplado com a terceira colocação no Concurso de Livros do Centro de Letras do Paraná e recebe, também, o Prêmio Ismael Martins de publicação, sendo publicado pelo Centro de Letras do Paraná.
Promoção de cargo na docência.
1950 – É aprovada, em segundo lugar, no concurso para Delegado de Ensino do MEC no Paraná, sendo nomeada inspetora federal do ensino secundário da Delegacia do MEC no Paraná.
1959 – Publicação de Trilogia, separata de Um século de poesia, livro editado pelo Centro Paranaense Feminino de Cultura.
1962 – Aposenta-se como professora do Estado. Em homenagem, seus alunos editam Poesias Completas, reunindo os livros publicados até então.
1964 – Publica Vida Breve.
1965 – Os poemas Conselho e Berceuse integram o álbum musical Arte, poesia da vida, de Maria Eugenia. Publicação da antologia 20 poemas.
1966 – Publica em um único volume/livro, Era Espacial e Trilha Sonora. O poema Prece recebe o imprimatur da igreja católica, concedido pelo arcebispo de Curitiba, Dom Manuel da Silveira D’Elboux.
Poema Prece redigido à mão.
1967 – Aposenta-se como Inspetora de Ensino. Publica uma nova Antologia Poética. Os poemas Ilusão, Entardecer, Crepúsculo de Abril, Sobrevivência e Música Eterna, são musicadas por Helza Cameu e interpretados pelos cantores Hermellindo Castello Branco e Maria Sylvia Pinto no Teatro Municipal de São Paulo.
1970 – Publica Tempo.
1971 – Helena é homenageada intitulando Grupo Escolar em Cambé-PR.
Flâmula da Escola Helena Kolody em Cambé-PR.
1974 – Agradecimento pelos versos no Hino do Instituto de Educação do Paraná.
Placa em agradecimento pela contribuição no Hino do Instituto de Educação do Paraná.
Foto: Oruê Brasileiro
1975 – Falece Victoria Szandrowska Kolody.
1976 – Homenageada como ‘Professora do Centenário’ pelo Instituto de Educação do Paraná.
1977 – Publicação da antologia Correnteza. Ganhadora do Troféu Bento Munhoz da Rocha Netto, Personalidade do Ano.
1979 – O poema Maquinomem é escolhido como texto base para a redação do vestibular da UFPR.
1980 – Publica Infinito Presente.
1983 – Recebe medalha de Mérito Literário pela sua contribuição à literatura brasileira, concedida durante a Primeira Feira do Livro ‘Cidade de Curitiba’. Publicação da antologia Poesias Escolhidas, com poemas traduzidos para o ucraniano por Wira Wowk (Wira Selanski)
Lançamentos da antologia contendo poemas traduzidos para o ucraniano, na Sociedade Ucraniana. O coral está cantando Carroça de Tolda, em ucraniano, musicado por Pedro Kutchma.
1985 – Publica Sempre Palavra, primeira obra não independente, publicada então pela editora Criar. Recebe o Diploma de Mérito Literário, conferido pela Prefeitura Municipal de Curitiba. É realizada a exposição fotográfica Helena Kolody: Perfume de Poesia, de Sérgio Sade, na Casa Romário Martins. Helena Kolody é a primeira personalidade paranaense focada pela campanha Bicho do Paraná.
1986 – Publica Poesia Mínima. Participa do programa Um Escritor na Biblioteca, da Biblioteca Pública do Paraná, que resulta no Caderno Helena Kolody.
Capa do programa Um Escritor na Biblioteca.
1987 – Recebe o título de Cidadã Honoraria de Curitiba, na Câmara Municipal de Curitiba. O poema Prece ganha segunda versão musicada, por Sandra de Andrade, com arranjo musical do maestro Pedro de Castro, em Minas Gerais.
1988 – Publicação de Viagem no Espelho, antologia de grande recepção com capa de Rogério Dias e introdução de Antônio Manoel dos Santos Silva. Homenageada pela Associação dos Servidores Públicos do Paraná. A Secretaria de Estado da Cultura institui o Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody, realizado anualmente a partir de 1989.
Placa comemorativa do 1º Concurso Helena Kolody.
1989 – Realiza depoimento para o Museu da Imagem e do Som do Paraná, que resulta na publicação Helena Kolody: poetisa, Cadernos do MIS, número 13.
Capa de Helena Kolody: poetisa, Cadernos do MIS.
1990 – O grupo Oficina Livre de Teatro encena a peça Helena Kolody, uma mulher, escrita, dirigida e interpretada pelo grupo e promovida pelo Museu da Imagem e do som, sob a coordenação de Marcelo Marchioro.
1991 – Publica Ontem Agora, com prefácio de Helio Puglieli. Homenageada pelo pioneirismo e contribuição à poesia pelo Conselho Municipal da Condição Feminina de Curitiba Helena é eleita para a Academia Paranense de Letras, passando a ocupar 28, fundada por Rodrigo Júnior e anteriormente ocupada por Leonardo Henke.
Diplomação como membro da Academia Paranaense de Letras.
1992 – Helena Kolody recebe diversas homenagens por ocasião dos seus 80 anos. São realizados concertos, recitais de poesia, missa de ação de graças e palestra com Cassiana Lacerda; há distribuição de poemas e cartazes em terminais de ônibus, taxis, escolas e centros culturais além da presença da obra de Helena em outdoors e vídeo veiculado na televisão; acontece ainda uma confraternização com ex-alunos no clube curitibano. É homenageada pelo Conselho da Mulher executiva, da Associação Comercial do Paraná. É lançado o curta-metragem Babel de Luz, de Sylvio Back; que estrela no tetro Palácio avenida e é premiado no 25º Festival de Cinema de Brasília (melhor curta e melhor montagem). Toma posse na Academia Paranaense de Letras no auditório do SESC da Esquina em Curitiba. Assume a cadeira 28, cujo patrono é o poeta Francisco Carvalho de Oliveira depois ocupado por João Batista de Carvalho Oliveira, conhecido como Rodrigo Júnior; e Leonardo Henke. Foi saudada imortal por Leopoldo Scherner, enquanto seu irmão, José, a vestiu com a pelerine.
Cartaz do Filme A Babel da Luz, de Sylvio Back.
1993 – Publica Reika. É homenageada com a Comenda Honorífica Ordem da Cultura, da academia de Cultura de Curitiba.
Diploma de mérito cultural da Academia de Cultura de Curitiba.
1994 – Publicação de Antologia poética, com prefácio de Reinoldo Atem. Intitula o Centro Municipal de Educação Infantil, no Bairro Alto, Curitiba. Homenageada pelo Colégio Nobel, de Maringá. José Kolody, seu irmão, falece.
1996 – Publicação da antologia Caixinha de Música. É reencenada a peça de teatro Helena Kolody, uma mulher, no Teatro Guaíra. É homenageada como Pioneira da Cultura Paranaense, pela Secretaria de Estado e da Cultura do Paraná, pela Prefeitura de Ponta Grossa e no 1º festival do Cancioneiro Ucraniano, pela Comunidade Ucraniana do Brasil. Helena recebe a Ordem Estadual do Pinheiro Roda Kolody, sua irmã, falece.
Medalha da Ordem Estadual do Pinheiro.
1997 – Publicação de Luz Infinita, antologia bilíngue português/ucraniano traduzida por Ghryghory Kotchur e Wira Selanski. Publicação da antologia Sinfonia de Vida. Lançamento do CD de áudio Helena Kolody por Helena Kolody, Coleção Poesia Falada. Recebe Homenagem do Colégio Estadual Helena Kolody e da Prefeitura de Terra Boa. É realizado o espetáculo de dança Kolody em Movimentos. Recebe o título de Cidadã Benemérita do Estado do Paraná e Cidadã Benemérita do Município de Cruz Machado.
Título de Cidadã Benemérita de Cruz Machado.
1998 – Homenageada pela Associação Beneficente de São Roque
1999 – O compositor Henrique de Curitiba (Henrique Morozowicz) estreia a peça Um ciclo de canções paranaenses: Seis poemas de Helena Kolody no 19º Festival de Música de Londrina, cantada pela soprano Denise Sartori no Cine-teatro Ouro Verde. Helena Kolody recebe o ‘Vulto Emérito de Curitiba’, pela Câmara dos Vereadores, no Palácio Rio Branco.
2000 – Condecorada com a Medalha Rocha Pombo, concedida pelo IHGP – Instituto Histórico Geográfico do Paraná. Homenageada pelo Colégio Coopermundi.
Recorte do jornal Gazeta do Povo sobre Helena Kolody e o IHGP – Instituto Histórico Geográfico do Paraná.
2001 – Publicação de Haikais, antologia com alguns de seus poemas do gênero.
2002 – Publica Memórias de Nhá Mariquinha, a partis dos depoimentos colhidos em Castro, nos anos de 1943 e 1944. Homenageada pela Fundação Municipal de Cultura e Turismo de União da Vitória. Em comemoração aos seus 90 anos, a Biblioteca Pública do Paraná realiza o evento 90 vezes Helena Kolody. Realiza-se o espetáculo teatral Encontros, unindo vida e obra de Helena Kolody e Julia Costa. Homenageada pela Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Curitiba. Publicação da antologia Poemas de Amor impossível.
2003 – Agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela UFPR – Universidade Federal do Paraná. Publicação de Viaggio nello specchio. Publicação da antologia Viagem no Espelho em italiano, Tradução para o italiano cuja tradução foi realizada por Domenico Corradini H. Broussard.
Capa da tradução da antologia Viagem no Espelho para o italiano.
2004 – Helena Kolody falece no sábado, 14 de fevereiro, na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, aos 91 anos. É realizada uma cerimônia religiosa no rito ucraniano (bizantino) em seu velório. O sepultamento ocorre no Cemitério Municipal São Francisco de Paula. É homenageada pela Prefeitura de Curitiba intitulando o nome da galeria em que se localiza o Edifício em que morou, Condomínio Vila Rica, na Rua Voluntários da Pátria.
Placa no Edifício Vila Rica, na Rua Voluntários da Pátria em Curitiba; (…) “Professora, ajudou a formar gerações de alunos, poetisa de métrica perfeita, soube fazer das palavras o bálsamo, transformando a dor em esperança e a vida em emoção. A ela, que soube ser ‘a solícita mão que espalha, sem medidas, estrelas pela noite escura de outras vidas’”(…).
2005 – É lançado o vídeo Helena de Curitiba, de Josina Melo, premiado no Festival de Cinema de Curitiba como Melhor Vídeo Documentário. É instituído o Dia da Poesia Curitibana, 12 de outubro, em alusão ao aniversário de Helena Kolody.
2009 – Concerto da Orquestra Solista de Londrina sob regência de Rogerio Krieger. A segunda parte do concerto e voltada a obras inéditas do próprio regente, como a peça A Lua de Helena foi escrita para orquestra de cordas e piano-solo, inspirada na obra da autora.
2011 – Helena Kolody é condecorada com a Ordem do Mérito Cultural – Classe Grã Cruz, mais alta homenagem da cultura brasileira. É inaugurada a Biblioteca Cidadã Helena Kolody, em Cruz Machado. Publicação da antologia Infinita Sinfonia.
Diploma da Ordem do Mérito Cultural na classe de Grã Cruz.
2012 – Publicação de O universo imaginário e o fazer poético de Helena Kolody, livro que contém a tese de doutorado de Antonio Donizeti da Cruz cujo apêndice é o Tear de Palavras, com poemas reunidos de Helena Kolody não lançados em livro até então.
Capa do livro O universo imaginário e o fazer poético de Helena Kolody de Antonio Donizeti da Cruz.
2017 – Sua irmã, Olga Muñoz Ferrada falece.
2018 – Publicação do Roteiro Literário Helena Kolody, escrito por Luísa Cristina dos Santos Fontes.
2021 – Publicação do Livro Helena Kolody: investindo no próprio tom, de Paulo Venturelli, premiado no 10º Prêmio Bornancini de Design.
2024 – Lançamento de uma nova edição especial de Reika.
Capa da edição especial de Reika.